Longevidade


“Vivendo plenamente as etapas da vida”


Nascer, crescer e envelhecer: um processo natural de nossas vidas. Caminhando nessa jornada, nos deparamos com a liberdade e o desejo de reinventar-se daqueles que chegam aos 60 anos. E que, graças aos avanços do mundo contemporâneo, podem ultrapassar os 100.

Você se imagina centenário? Envelhecer para alguns é algo distante, mas para quem já colhe os frutos de uma vida longa, o momento é de alegria e descontração. Falar das experiências remete às lembranças de um passado cheio de histórias e conquistas. Aos 101 anos, Felizardo Pinho mostra que o amor pela vida e ao próximo funcionam quase como antídotos para dores físicas e emocionais da terceira idade.



Doutor Pinho, como é conhecido, é o farmacêutico mais antigo do Ceará. Apaixonado por música e médico autodidata, ele realizou mais de mil partos e diagnosticou o primeiro caso de calazar do estado. Cheio de vitalidade e amor pela esposa, Maria Lúcia (85), Dr. Pinho revela o segredo de ter chegado aos 101 anos: atendeu a dois pedidos do pai no seu aniversário de 13 anos. Um deles remete a profissão, que se orgulha de ter seguido os passos do genitor, o outro, trabalhar para melhorar a vida das pessoas, sempre ajudando a quem precisa. “Nunca deixe uma pessoa sair de nossa farmácia sem o medicamento que ela precisa”, lembra Dr. Pinho as palavras do pai.

Um século de vida + 1, assim como o alcançado pelo doutor Pinho, é a meta dos superidosos do século XXI. A matemática para a longevidade é simples, basta somar (+) dedicação, alimentação saudável, atividade física, família e uma rede de amigos capazes de nos fazerem sorrir e brindar a vida e diminuir (-) o estresse, os aborrecimentos e o desleixo com a saúde.



E nesse embalo para alcançar a longevidade, quem se arrisca a projetar-se para daqui a 30 anos?

Na década de 80 chegar a terceira idade não era algo comum ao brasileiro, mas hoje o cenário é bem diferente. Com uma população aproximada de 30 milhões de pessoas com mais de 60 anos, o Brasil desponta entre os países com a maior expectativa de vida, chegando em 73 anos para os homens e 80 anos para as mulheres, como apontam as projeções do IBGE.



Com o aumento da expectativa de vida, falar sobre a terceira idade e os anseios para esta fase coloca em destaque as transformações sociais e como a sociedade vem se preparando para o envelhecer.

Em conversa com gerontóloga e membro da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia no Ceará, Dra. Silvana Sucupira, abordamos os desafios enfrentados por esse público.

“Nós temos uma população que está envelhecendo agora que é bem diferente. Quem era que estava no Woodstock? É o povo que hoje tem 70 anos. São pessoas que tem uma visão de quebrar barreiras e a gente está apostando muito nessa geração que chamamos de ‘envelhecentes’ ou então ‘gerontocentes’. Eles não se enquadram naquele perfil de idoso de coquinho, de robe dentro de casa, arrastando o chinelinho na sua cadeira de balanço esperando a morte chegar. Não! eles estão invadindo o mundo. Estão trabalhando, estão nas academias, estão viajando e namorando também”.

Dra. Silvana atenta que as mudanças comportamentais dos idosos deste século vão refletir no olhar mais apurado da sociedade para este público. Pensando em como envelhecer melhor, a especialista cita os cuidados com a alimentação, os exercícios físicos, a manutenção de uma rede de apoio para que os idosos se mantenham independentes por mais tempo. “É um preparo de forma global”, aponta a gerontóloga.



“Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante”

O trecho da música de Raul Seixas resume muito bem a passagem entre as etapas da vida, refletindo o sentimento de nossos “envelhecentes”. Com uma nova cara e um novo estilo de vida, o país caminha para uma fase de cinquentões e sessentões com sede de longevidade.

O momento começa a dar um novo significado para a aposentadoria. O descanso e calmaria vão sendo trocados por ação e aventura, e com isso vemos os nossos pais, tios, avós e bisavós, levando uma vida plena e até mais agitada do que as nossas.

Esse sentimento de “freestyle” na chegada da terceira idade representa o momento vivido por casais que decidiram usufruir dessa fase sobre duas rodas. A sensação de vento forte no rosto, adrenalina correndo forte nas veias, o desbravamento de cada quilômetro do asfalto, a bagagem repleta de parcerias e amizades e muita história para contar, é a conexão perfeita para uma vida com atitude e autonomia.



Equipados com bom humor e disposição, Dani e Perez têm no currículo a aventura de ter visitado 45 países. “Nós vimos coisas que foram um presente de Deus, conhecemos pessoas que podiam ser nossos amigos de infância. Chegamos a conclusão de que as pessoas no mundo têm os mesmos anseios e vontades que nós temos: criar os filhos, serem felizes e ter uma vida saudável. Foi maravilhoso encontrar um mundo que pensa como a gente”, revela Dani.

Com os filhos crescidos, eles contam que esse é um momento bem agitado de suas vidas, superando a rotina cotidiana da juventude. Juntos há 36 anos, o casal fala que esse momento foi planejado ainda no início do relacionamento.

“Um dos motivos que nos fez decidir sobre viajar o mundo foi um plano que fizemos quando casamos. Aos 23 e 25 combinamos de ter primeiro os filhos, para quando nós tivéssemos entre 50 e 60 anos, eles (filhos) já estariam criados e nós teríamos ainda disposição física e saúde”, destacou Perez.

E essa paixão por desbravar o mundo retrata muito a rotina desses casais, que sobre duas rodas dividem uma relação de companheirismo e aventura.



Se a idade é uma barreira? A resposta da Dani é: - Não é todo jovem que pode fazer uma viagem como esta, pois tem os compromissos com o estudo e a carreira, começando a vida. Por isso a maioria das pessoas que encontramos na estrada são pessoas mais velhas, e com isso chegamos a conclusão que tem coisas que só podemos fazer depois de uma determinada idade e, claro, com organização, preparo físico e emocional.



Numa relação de sintonia entre as fases da vida, a sociedade inicia um processo de reinvenção dos padrões criados para os idosos. Vivemos a plenitude de uma transformação social moldando um jeito livre de se viver a terceira idade.

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A vida e o tempo: uma relação de cumplicidade


Se encararmos a vida como uma corrida podemos dizer que a largada é o nosso nascimento e os quilômetros a nossa jornada. E nessa competição as maratonas vencidas mostram uma chegada à terceira idade em plena forma, apresentando um novo estilo de vida às pessoas.

Seguindo os passos dessa rotina para uma vida ativa, conhecemos a corredora e educadora física aposentada, Antônia Aldenir Alves Araújo ou Tia Aldenir, como gosta de ser chamada. Colecionando as conquistas de uma mudança de vida que iniciou aos 50 anos, hoje com 67 de idade no documento oficial, se gaba dos 38 anos no biotipo e 19,5 anos no espírito. Ela revela que o segredo está na forma de encarar a vida com vitalidade e bom humor. A rainha da Inglaterra, apelido carinhoso que ela mesmo se deu, mostra toda envaidecida a coleção de dar inveja de medalhas e troféus espalhados por toda a casa, todos conquistados ao longo de sua trajetória.



A entrevista que Tia Aldenir nos concedeu aconteceu um dia após correr a 16ª Meia Maratona Internacional de Fortaleza, concluindo o percurso de 21 quilômetros. O seu dia, como ela mesma nos conta, é carregado de atividades, que incluem tarefas domésticas, a paixão pela confeitaria, exercícios físicos e uma alimentação altamente equilibrada.

Tia Aldenir revela que o despertar para uma vida saudável só veio após alguns alertas. “Eu sempre me preocupei com a alimentação, mas quando parti para a atividade física eu estava com o colesterol elevado e a pressão alta. Procurei mudar meu estilo de vida e hoje minha pressão está normal, não tomo nenhum tipo de medicamento. Eu não sinto a idade que tenho e vivo o meu hoje, me sinto uma criança”, afirma.

Lembrando a sua trajetória de vida, ela abriu o seu baú de memórias destacando o velho hábito de caminhar. Ainda pequenina, tia Aldenir lembra das caminhadas de 21 léguas que fazia com a avó na pequena cidade de Cariús, Região Centro-Sul do Ceará. Mesmo com toda vitalidade, ela relata não ter medo da morte e que o assunto não tira o seu sono, o que lhe dá mais vontade de se manter ativa e em pleno movimento. Nessa conversa não podia faltar uma recomendação para quem está chegando na terceira idade: - Viva o seu hoje intensamente e responsavelmente. O bom humor é o principal ingrediente da felicidade.

A realidade de tia Aldenir é a mesma de vários idosos, pois alcançar a terceira idade desenvolvendo várias atividades se tornou o projeto de muitos brasileiros. E para que isso aconteça é necessário ter alguns cuidados e buscar sempre orientação profissional.

Na questão da alimentação, a nutricionista geriátrica Ilena Bessa, destaca uma combinação importante de frutas, sementes, gordura saudável (manteiga e queijo branco), além dos carboidratos (Ex: pão integral, arroz e castanhas).



“A alimentação é a base da nossa energia. E se nós estamos falando dessa alimentação dentro processo do envelhecimento para as pessoas a partir dos 40 anos, a alimentação é uma parte indispensável”, destaca.

Falando sobre a chegada na terceira idade, a nutricionista ressalta duas doenças comuns nesta fase: a sarcopenia (a perda da massa muscular) e a osteoporose.

Com os cuidados redobrados para esse período da vida, as novas projeções mostram que a idade não é mais uma barreira. Aos 65 anos, formada em psicopedagogia, Rita Maria Ferreira retoma os caminhos da universidade onde cursa o 4º ano de Psicologia. A atividade física também faz parte de sua rotina diária formando um elo importante que fortalece sua relação de cumplicidade com a vida.

“Você tem que aceitar cada etapa da vida, porque se você não aceitar vai estar sempre mal-humorada e triste. E nós sabemos que nossa vida é feita de etapas”, relata Rita Maria, que também criou um grupo de apoio para idosos.

Além dos benefícios físicos conquistados pela atividade física, a ansiedade também foi embora. Através do pilates, a psicopedagoga relata uma melhoria da qualidade de vida e como isso tem influenciado diretamente no fortalecimento do seu lado emocional e nas atividades diárias.

Essa relação entre a terceira idade e a melhoria da qualidade de vida é resultado de um novo olhar do idoso sobre a vida, como destaca a profissional de educação física e fisioterapeuta Stephanie Koo. “As pessoas querem chegar na terceira idade saudáveis, e não chegar aos 80 anos debilitados e acamados. Com o aumento da expectativa de vida, devido a política de saneamento básico e o acesso à informação, os pacientes já chegam com as orientações médicas, procurando chegar na terceira idade de forma saudável”.



Sobre a terceira idade, a fisioterapeuta relata questões que fazem parte do processo natural do envelhecimento, e que, com a combinação da atividade física e uma alimentação equilibrada, podem minimizar os desafios nessa fase. Stephanie Koo explica os benefícios do pilates e a forma como ele atua no fortalecimento da independência motora nos idosos, mas ressalta que é também é fundamental a adoção de hábitos saudáveis ao longo da vida: cuidados com sobrepeso, hábitos naturais diários e a postura corporal no dia a dia.

Chegar aos 60 representa um novo ponto de partida que requer força e fôlego para uma rotina igual a da nossa corredora Tia Aldenir e da psicopedagoga Rita Maria. Mesmo sem se conhecerem, elas traduzem muito bem a essência da terceira idade: o amor pela vida.



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“Viver e não ter a vergonha de ser feliz”


Vitalidade, Independência, Desprendimento e Amor, palavras que podem definir muito bem o momento vivido pela geração que hoje chega à terceira idade. A transformação constante do mundo moderno abriu novas possibilidades, e isso é notável quando falamos dos relacionamentos amorosos nesta era.

Os avanços tecnológicos vêm quebrando as distâncias e abrindo as portas para que os “cinquentões e sessentões” conheçam novos amores. De acordo com o estudo realizado pela Universidade Aberta da Catalunya, em pesquisa realizada no Brasil, o uso da internet pelo público idoso cresceu mais de 50%. O IBGE também divulgou que 2,3 milhões de pessoas com mais de 60 anos passaram a acessar a internet pela primeira vez a partir de 2017.



Com esse advento das novas tecnologias e com a popularização dos computadores, os seres humanos começaram a difundir informações, culturas e novos formatos de interação. Foi por meio de cabos, fibras óticas, que a internet, sistema global de redes de computadores, fez a interligação entre os usuários do mundo inteiro.

Tal tecnologia no Brasil só se popularizou a partir dos anos 90, com o desenvolvimento da internet no país. Nesse momento, atento a modernização do mundo, o cupido deu trégua as suas asas e passou a flertar através das ondas eletromagnéticas, um meio bem mais veloz e certeiro de atingir os corações apaixonados.

Yabada’BADOO’


Uma agenda repleta de contatos femininos e uma caixa recheada de números telefônicos recebidos nas noitadas, fazem do italiano o Don Juan de Fortaleza. Ao chegar ao Brasil o gringo revelou que queria conhecer pessoas. O ato se repetia em cada local que aportava. “Eu queria fazer uma viagem. Queria conhecer gente e acabei conhecendo muitas mulheres. Elas me ligavam e eu todo dia tinha a oportunidade de conhecer alguém. Ela (Kátia) foi boa sorte. Liguei uma noite chamando-a para dançar”, disse.

Bergami comentou que o utilizou o site de namoro virtual na França, Alemanha, Espanha, Portugal, mas que gostava mais de usar na América do Sul pela facilidade dos encontros. O perfil desejado por ele trazia a beleza como primeiro ponto e a idade vinha em segundo lugar. Hoje ele usa as redes sociais facebook e whatsapp e disse não ter problemas em conversar com as amigas.

Ponte aérea amorosa Brasil-Itália



5.935 milhas separam o Brasil do centro da Itália. Foi através do site de namoro (Badoo), o italiano Túllio Bergami, hoje com 59 anos e Kátia Marques, 48, deram o pontapé inicial para essa relação. Ele, curioso em conhecer o país e suas peculiaridades, logo se rendeu ao uso da tecnologia, um meio eficaz na busca de companhia e diversão. Ela, no entanto, disse que foi cadastrada no site por meio do seu cunhado e que inúmeros e-mails de paqueras chegavam, mas “aquele olho azul de Bergami logo lhe chamou à atenção”.

Com o espírito de aventureiro e o sentimento latente de liberdade, Bergami veio da cidade de San Lucido, no sul da Itália, da região da Calábria. Policial aposentado, divorciado, pai de um casal de filhos, veio ao Brasil conhecer o que a Terra Tupiniquim tinha de bom. Nas andanças que fez pelo país, nos encontros e desencontros da vida, aportou na cidade alencarina onde encontrou o seu grande amor. Ele e Kátia se conheceram em 2012, mas somente em 2014 o amor foi selado. Enfim, casados!

A vida a dois


E se você pensou que o casamento deles é mantido da maneira tradicional, como vimos, não é nada disso. A relação é baseada no amor, respeito e carinho, mas também é feita de liberdade e desprendimento, assim, tipo, livre para voar.

Após cinco anos de casada Kátia relembrou o momento em que tudo iniciou. “Em 2012 aceitei o convite dele no Badoo e conversamos pelo MSN. Depois disso, ele veio a Fortaleza e a gente não marcou nada. Fui para o aniversário de uma amiga no Alpendre da Vila e por coincidência ele estava lá. Ficamos amigos por um bom tempo. Um ano depois desse encontro, ele me procurou e disse que estava interessado num relacionamento mais sério, e me apresentou à sua família”.

Sobre a maneira diferente de vida que o casal leva, Kátia revela que encara com naturalidade, pois a forma de se relacionar dos italianos é totalmente diferente da nossa. “A gente sai, dança, se diverte. Às vezes saímos juntos, outras vezes sozinhos. Sobre os relacionamentos, lá a vida é totalmente diferente daqui. Lá os homens não gostam de controle, gostam de liberdade. Homem casado sair só? O meu sai e eu não perco a minha noite de sono por isso. Agora assim, ele é muito sério. Não gosta de virar a noite e nem chegar de manhã”, evidenciou.

Planos para o futuro


O bate-papo super descontraído e a maneira diferente do habitual encontrado por aqui, renderam muitas risadas e uma boa conversa regada a um café quentinho e uma generosa fatia de bolo. Sobre os planos para o futuro, o casal revelou que em breve irão construir nova moradia na Europa. “Eu vou e volto para a Itália. Às vezes não é fácil viver aqui. Se você vem ser turista e fica um ou dois meses tudo bem, mas morar aqui não é fácil”, evidenciou Túllio. Já Kátia relatou que o marido espera que ela se aposente para morar em terras italianas. “Ele viaja para lá e eu fico devido ao meu trabalho. Ele vai ajeitar as coisas para depois irmos de vez”.


Uma mulher no comando de sua vida


Falar sobre sexualidade depois dos 60 ainda é algo delicado, mas que ganha fôlego com a liberdade de expressão do século XXI.

E como tratar o sexo na terceira idade? A pergunta coloca em destaque uma concepção de que o idoso não tem mais idade para namorar, minimizando o prazer dos momentos à dois em qualquer faixa de idade, como relata a psicóloga e sexóloga Zenilce Bruno.

“Na realidade, a questão do sexo na terceira idade ela é uma continuação da primeira idade, da segunda idade. A questão do desejo, a sexualidade propriamente dita, o coito, a genitalidade, ela é exatamente uma continuação da história de vida de cada um. Então eu pergunto: como era a vida sexual antes dos 60? Se a pessoa tinha uma vida sexual saudável ela vai continuar tendo uma vida interessante, com desejo, da mesma forma de antes”, relata Zenilce Bruno.

A imagem da fragilidade vai sendo moldada pela liberdade do mundo contemporâneo. A poltrona com os novelos de linhas cede espaço aos encontros com amigos, tanto em festas voltadas para a terceira idade como em viagens e clubes direcionados para esse público.

Passada a fase de descobertas iniciais da juventude, o idoso se reinventa e, aos poucos, percebe que tem o direito de se permitir a novas experiências, seja no casamento de muitos anos ou em relacionamentos iniciados na maturidade.

Mesmo com a superação de tabus, ainda há um longo caminho a ser percorrido. A mulher que chega à terceira idade ainda precisa ultrapassar o preconceito em relação a intimidade sexual. É assim que pensa a nossa moça namoradeira, mãe e vó, Marina Martins.

Marina nos revela apenas a idade de espírito e de coração: 30 anos. Na flor da idade! E ela vive sua sexualidade de maneira plena. Trabalhando no serviço público há mais de 40 anos, Marina tem uma rotina ativa e está sempre rodeada de amigos e não larga o hobby de andar de bicicleta. O sexo também faz parte da vida dela, revelando um desprendimento quando falamos sobre o assunto.

Nesta fase da vida, Marina relata um preconceito em relação a mulher falar de sexo e ter desejo na terceira idade. Com uma desenvoltura que retrata as suas vivências, a mãe e avó, conta como encara esse momento, e que o envelhecer é algo que deve ser tratado com naturalidade.


“Eu tenho uma vida de experiências. O espírito e o coração nunca envelhecem. Nós vencemos deixando o preconceito da idade de lado”. Você tem medo de envelhecer? - Eu não tenho medo de envelhecer, sabemos que a morte é uma certeza. Um dos motivos de estar em plena atividade laboral."


E como se preparar para ter uma vida sexual ativa e saudável na terceira idade? Para Zenilce Bruno é preciso olhar o sexo com alegria, tirando o peso do pudor sobre os nossos sessentões. “O que evita que essas pessoas tenham transtorno em suas relações é como elas vivenciam a sua própria sexualidade”.

Tirar o peso, buscar a harmonia, olhar a vida com leveza. Esses são alguns dos desafios enfrentados não apenas pelos idosos, mas por todas as pessoas, não importa a idade.

A passagem entre as etapas da vida revela a bagagem de conhecimento e as vivências, algo que nossos “envelhecentes” têm orgulho de exibir. Sonhar sempre foi algo estimulado em nossas vidas e manter acesa a chama do ‘sonho’ na terceira idade transforma a existência em um aventura incrível. E que tal você embarcar nessa com a gente?

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